quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

UM BALANÇO SOBRE NOSSO TRABALHO

Durante os últimos três meses, você acompanhou, aqui no Imagine Viver Sem, o surgimento e desenvolvimento de várias invenções que, aos poucos, foram se tornando indispensáveis em nossas vidas. O computador é, sem dúvida, uma das mais importantes na atualidade. Sem ele, este blog não existiria e o modo de nos comunicarmos tão instantaneamente como fazemos hoje em dia, como através do MSN, por exemplo, ficaria comprometido. Sem nossos PCs e a energia elétrica nós também não teríamos acesso aos nossos vídeos preferidos do YouTube.

A correria imposta a nós pelo ritmo frenético da sociedade contemporânea fez também do relógio um instrumento extremamente importante para todos. E o que dizer do telefone e do automóvel, então? Apesar de tanta pressa, às vezes conseguimos parar um pouco e admirar as belezas existentes à nossa volta. Nesses momentos, nada como pegar aquela câmera digital de última geração e tirar várias fotografias das paisagens. Afinal, cada vez mais os avanços da tecnologia permitem que esses equipamentos tão úteis comportem centenas, e até milhares, de arquivos, como é o caso do pen drive.

Alguns inventos são destinados a um público bastante específico – o absorvente, além de ter como objetivo somente as mulheres, acompanham-nas não pela vida inteira, mas entre a adolescência e grande parte da vida adulta. Outras invenções, pelo contrário, não são ainda tão populares, mas seu uso tende a crescer e a atingir o maior número de pessoas: o GPS é um deles. Se hoje ele ainda é algo distante da sua realidade, num futuro bem próximo você provavelmente vai usá-lo tanto quando já usa seu laptop e seu celular, a fim de se localizar facilmente, especialmente nos grandes centros urbanos.

Após todo esse percurso por entre invenções e inovações muito antigas ou muito novas, a equipe do Imagine Vive Sem aproveita para dizer que foi muito bom tratar de todos esses inventos ao longo desses três meses. Com certeza, nós também aprendemos muito com as pesquisas que fizemos e as histórias que as pessoas nos contaram sobre a relação delas com esses objetos e equipamentos que vieram para ficar. Entretanto, com esta postagem, o Imagine Viver Sem paralisa suas atividades, momentânea ou definitivamente. Tudo vai depender do volume das nossas atividades no próximo semestre letivo. De qualquer forma, o blog continuará sempre aberto a visitas e comentários de todos vocês que curtem invenções. Até uma próxima oportunidade!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

DA TRADIÇÃO À PRATICIDADE

No post anterior, falamos um pouco sobre a história do absorvente. Hoje, é a vez de contar a história de uma pessoa e sua relação com essa invenção tão importante e indispensável para as mulheres.

Sempre gostei muito conversar e ouvir histórias, principalmente contadas por pessoas mais velhas. Sentar no sofá da sala com uma de minhas avós (porque a outra, infelizmente, já morreu) e ouvir suas “histórias de outrora”, por horas a fio, sempre foi uma grande diversão. Essa minha avó se chama Marieta e tem 89 anos. Em uma de nossas longas conversas, saiu o assunto sobre a intimidade feminina e o absorvente foi uma das coisas sobre a qual nós conversamos. Sabendo que ela tinha algumas coisas para falar, resolvi ligar para ela há algumas semanas e pedi para que ela me contasse mais sobre esse tema.

Ela começou falando que essa questão do universo feminino, em sua juventude (passada nos anos 30 e 40), ainda era um grande tabu. Era um assunto muito complicado de se conversar entre amigas e até mesmo entre mãe e filha. No caso dela, foi ainda mais difícil, já que era a filha mais velha e essa situação era nova para sua mãe. Na verdade, nunca chegaram, de fato, a discutir esse tipo de coisa. Minha bisavó orientou sobre o que minha avó deveria fazer quando sua “menarca chegasse” (sim, foi exatamente essa a palavra que minha bisavó utilizou na época), mas sem delongas na conversa.

Minha avó também contou que, em sua época, eram as toalhinhas higiênicas (aquelas do post anterior) que resolviam o problema. É verdade que naquelas décadas o absorvente descartável já começava a aparecer nas prateleiras dos mercados e das farmácias, mas em cidades pequenas e de interior, a tradição das toalhinhas ainda falava mais alto. Essas toalhinhas poderiam ser compradas em lojas de roupas (geralmente aquelas que vendiam roupas íntimas) ou, então, feitas em casa mesmo. Como costurar em casa era um costume muito comum (e necessário) naqueles tempos, fazer as toalhinhas em casa era normal. Comprava-se um pano que fosse confortável (algodão, por exemplo) e que tivesse uma boa absorção, para fazer os absorventes. Nas palavras de minha avó, “funcionava como uma espécie de fraldinha”.

Esse hábito de não comprar nas farmácias e mercados as versões descartáveis dos absorventes era também por conta do tabu. Uma mulher entrar em um desses lugares e sair com um pacote de Modess era uma vergonha e um constrangimento muito grande. Era uma espécie de violação da intimidade feminina, ainda mais em cidades pequenas, em que as pessoas se conhecem e ficam de olho na vida dos outros. “As moças tinham medo de se encontrar com rapazes e eles as virem com pacotes de absorventes nas mãos. Isso era um constrangimento sem tamanho! Era tornar pública a sua intimidade!”

Os anos foram passando e essa realidade se modificou. A praticidade acabou passando um pouco por cima de uma tradição e os absorventes descartáveis passaram a fazer parte do cotidiano feminino. Sobre essa parte, vovó finalizou: “ter um pacote de Modess era tão mais prático e higiênico, que as garotas deixavam o pudor um pouco de lado e acabavam comprando os pacotes nas farmácias e mercados. Mas, no momento da compra, sempre tomavam um importante cuidado: iam somente quando os rapazes não estavam por perto!”.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O COMPANHEIRO DE TODO MÊS

Muitas mulheres ainda sentem certo constrangimento só de pensar em ir naquela prateleira do supermercado, na seção de higiene pessoal, para pegar aqueles “benditos” pacotinhos. As marcas são as mais diversas possíveis, todas elas oferecem inúmeras vantagens e prometem muito conforto. No interior desses “benditos” pacotinhos, estão a ajuda mais bem-vinda (e higiênica também!) que as mulheres precisam durante certo período de cada mês. Estamos falando dos absorventes.

Hoje, em supermercados e farmácias, você acha um mundo de possibilidades em se tratando de absorventes: possuem diferentes tamanhos, diferentes formatos (se adaptando à anatomia do corpo feminino), alguns possuem abas, outros não, alguns servem para ser usados durante a noite, outros são internos... O que não falta é opção, no que diz respeito aos absorventes descartáveis. No entanto, nem sempre foi assim.

No tempo de nossas avós, por exemplo, o uso de absorventes descartáveis não existia. Por milhares de anos, a proteção menstrual funcionava de maneira bastante simples: uma faixa de material macio e absorvente segurada por cordões ou cintas. Até o início do século XX, mais precisamente até o período da Primeira Guerra Mundial, era comum a utilização das chamadas toalhinhas higiênicas que, após serem usadas, poderiam ser lavadas e utilizadas novamente. No Brasil, por exemplo, até a década de 1950, existiam indústrias fabricantes dessas toalhinhas. Elas eras feitas de um tecido que vinha dobrado em três partes largas e grossas.

(imagem presente no site Saúde Integral)

Os anos de 1930 foram aqueles em que os absorventes descartáveis começaram a ser comercializados no Brasil. Nessa época, a empresa de utensílios médicos Johnson & Johnson lançou no país o famoso Modess (que viraria uma espécie de sinônimo para a palavra absorvente). E isso tudo aconteceu em um contexto em que a intimidade feminina e, sobretudo, a menstruação consistiam em temas delicados de se discutir abertamente.

No período da Segunda Guerra Mundial, o cotidiano feminino mudou de maneira substancial. Foi nessa época que a emancipação das mulheres começou a se configurar e elas passaram a ocupar os postos de trabalhos deixados pelos maridos por conta da guerra. Esse contexto de menor repressão permitiu, por exemplo, que o uso de absorventes internos – visto de maneira preconceituosa no início do século – se tornasse mais popular e comum.

(imagem presente no site FarmaViver)

Curiosamente, esse tipo de absorvente é bastante antigo (as mulheres egípcias e as assírias, por exemplo, utilizavam versões com papiro) e já vinha sendo usado há milhares de anos, em diferente épocas e por diferentes civilizações. No Brasil, o absorvente interno descartável foi lançado somente em 1974. Nesse mesmo ano, a Johnson & Johnson lançou o primeiro absorvente que se fixava na roupa íntima feminina.


A história do absorvente vem sendo paralela à da mulher. Ele acompanhou os processos de mudanças do cotidiano feminino, se adaptando sempre às novas condições e tentando oferecer cada vez mais conforto e bem-estar às mulheres. É por isso que ele é o companheiro de todas as horas. Ou, pelo menos, nas horas daqueles dias!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

UM MEIO DE COMUNICAÇÃO COM MÚLTIPLAS FUNÇÕES

Quem não se lembra das tão populares salas de bate-papo, os famosos chats, como os dos portais Terra e UOL? Contendo salas as mais variadas possíveis, categorizadas desde amigos e cidades até sexo e religiões, os chats fizeram parte da vida de muitos internautas antes que eles conhecessem o MSN (atual Windows Live Messenger). É o caso de Fernando Nardy, estudante de Comunicação Social/Jornalismo, que até 2004, quando passou a utilizar o MSN para se comunicar com seus amigos, tinha o costume de frequentar salas de bate-papo para interagir com outros internautas.

Enquanto muitos adolescentes e jovens chegam a ficar durante horas conectados à internet, para a prática de jogos considerados violentos, Fernando conta que o tempo máximo que já ficou plugado no Messenger foi cerca de 10 horas ininterruptas, entre dez horas da noite e oito horas da manhã. "Especialmente em feriados e nas férias, quando eu saio de Viçosa e vou para casa, é que eu aproveito bastante para passar a noite inteira no MSN. Conforme o horário vai avançando, o número de contatos online vai diminuindo, mas sempre sobra alguém com quem eu possa conversar", diz.

Nem só para conversar com os amigos serve o Messenger. Reunir-se com os integrantes de um grupo para organizar aspectos de um trabalho acadêmico também já foi uma das utilidades encontradas por Fernando no serviço de mensagens instantâneas. "Além de a gente ter se reunido para discutir os temas e dividir as tarefas que cada um iria fazer, eu já agendei entrevistas com alguns dos meus contatos através do MSN", lembra.

Sobre a existência de verdadeiras amizades virtuais, Fernando acredita nelas, pois ao longo dos seis anos em que está no Messenger conseguiu não somente amigos duradouros, mas algo a mais. "Em certa ocasião, eu comecei a conversar com uma pessoa de uma cidade diferente da minha. Uma afinidade tão grande surgiu entre nós que chegamos a nos encontrar pessoalmente duas vezes. Eu até 'fiquei' com essa pessoa, não foi nada tão sério, mas foi o que aconteceu", confidencia.

Se, mesmo ao morar na mesma cidade que os pais e irmãos moram, já é difícil para muitos imaginar viver sem MSN, em virtude dos amigos que vivem fora, para quem mora distante dos parentes, então, é praticamente impossível ficar sem manter contato com eles pela internet. "Aqui em Viçosa, o MSN é um importante canal de contato com meus familiares, além do telefone. Nesse caso, eu gosto de iniciar conversas com áudio e vídeo para eles se sentirem mais próximos de mim. Além de tudo isso, para mim é uma grande diversão, um lazer, um passatempo, uma forma de entretenimento bastante interessante", finaliza Fernando.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

NEM CARTA, NEM E-MAIL, CHEGOU A VEZ DO MSN!

Embora na vida de muita gente as cartas enviadas e recebidas pelos Correios ainda sejam um importante meio de comunicação com amigos e parentes, para aqueles que possuem telefone ou computador com acesso à internet, depender dos carteiros já era. Nada como enviar um e-mail e dentro de poucos minutos receber a resposta. Melhor que isso é poder ouvir, no momento em que se fala, a voz da outra pessoa, do outro da linha, através do telefone. E que tal poder conjugar escrita e fala instantaneamente, por meio do computador?

(imagem presente no blog Simple Like That)
A chamada "comunicação instantânea" teve início com o ICQ, inventado no final de 1996 por quatro jovens israelenses. O nome vem da frase "I seek you", que em português significa "Eu procuro você". Quem já utilizou o programa sabe que, diferentemente de outros mensageiros instantâneos, no ICQ não é digitando um "nome" de usuário que se tem acesso aos seus contatos, mas sim um "número". Para encontrar os amigos e colocar o papo em dia, ele trouxe consigo um sistema de busca para realizar essa função.

Com o ICQ é possível também utilizar microfone e webcam numa conversa com áudio e vídeo. Outra funcionalidade bastante interessante diz respeito ao status do usuário: é possível mostrar aos outros que você está online, ocupado, ausente ou invisível (nesse último caso, é como se você estivesse offline para sua lista de contatos, algo bastante útil para quando não queremos ser importunados por outros quando estamos conversando com alguém especial).

(imagem presente no Blog da Adri)
Em julho de 1999, nasceria o MSN Messenger, que rapidamente faria sucesso por estar integrado ao serviço de e-mail Hotmail e por já vir junto do Windows em computadores com esse sistema operacional, atualmente o mais popular programa de mensagens instantâneas no Brasil e no mundo. Desde 2006, o MSN Messenger passou a ser chamado de Windows Live Messenger, devido à união, pela Microsoft, dos seus serviços e softwares com o Windows.

Ao longo desses 10 anos de existência, o Messenger foi incorporando várias formas interessantes de interação entre seus usuários, em praticamente uma nova versão a cada ano. Hoje é possível, por exemplo, enviar e receber emoticons e winks aos contatos (aquelas populares "carinhas" estáticas e em movimento, respectivamente), compartilhar com os outros as músicas que eu estou ouvindo pelo Windows Media Player e, também como no ICQ, manter conversas com áudio e/ou vídeo.

Com o tempo, outros comunicadores instantâneos foram surgindo. Além do ICQ e do até hoje chamado MSN, temos também o GTalk (Google Talk, de 2005), o Skype (criado em 2003), do qual falamos na postagem sobre o telefone, o Yahoo! Messenger (de 1998), o AIM (AOL Instant Messenger, de 1997, pertencente à América Online) e outros menos conhecidos. Não importa qual (ou quais) deles você mais utiliza, o importante mesmo é que esses programas permitam que você se comunique mais facilmente com quem não está, de fato, do seu lado. Alguém se imagina vivendo sem essas maravilhas da internet hoje em dia?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ADEUS AO DISQUETE! BOAS VINDAS AO PEN DRIVE!

Alguma vez você já deixou de gravar um arquivo porque seu disquete não tinha mais capacidade de armazenamento? Ou então não pegou aquelas músicas com o seu colega porque o único CD que você tinha em mãos já estava cheio e não era regravável? Pior ainda, você já perdeu algum trabalho por ter salvo tudo no e-mail e, na hora de imprimir, a internet caiu? Se você já passou por alguma dessas situações, certamente é porque não tinha um pen drive. Esse dispositivo tão usado hoje em dia substitui o disquete, o CD e o uso de e-mail para armazenar informações, tudo em um aparelhinho minúsculo, que cabe no estojo e até no bolso! O modelo ao lado, por exemplo, é minúsculo, mas pode armazenar até 8GB. (Imagem presente no site http://www.rumo.com.br/)


Essa tecnologia portátil, também chamada de Memória USB Flash Drive, surgiu nos anos 2000, tendo como criadoras as empresas Trek Technology e IBM. Na época de seu surgimento, o pen drive tinha uma capacidade de armazenamento que girava em torno de 32MB, o que já era um grande avanço diante da capacidade dos disquetes: 1,44 MB de memória. Um pen drive poderia substituir 22 disquetes, nessa época. Hoje em dia, já é possível encontrar pen drives com 32 GB de memória. Essa elevada capacidade pode ser um auxílio para não sobrecarregar a memória do computador.


Modelo de pen drive biométrico
Imagem presente em tecnologia.ig.com.br



Muito utilizado para guardar documentos, fotos, vídeos, filmes, músicas, enfim, qualquer arquivo, e com a vantagem de poder transferi-los para qualquer computador, os pen drives conquistam cada vez mais espaço no mercado. E as empresas produtoras não param de trazer novidades. Já existe até pen drive com leitor biométrico, que só copia e armazena dados a partir da leitura de uma parte do corpo de seu proprietário. Quanto aos modelos, então, nem se fala. Hoje os pen drives podem ser personalizados, em forma de rabo de gato e de comida (por incrível que pareça) e até mesmo ter uma forma especial para presentear a namorada, como este pen drive em forma de coração. Confira mais modelos interessantes no Blog Tecnosfera, do jornal O Povo Online.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A TECNOLOGIA DO FUTURO

Até agora, o Imagine Viver Sem vem apresentando alguns inventos considerados essenciais ao cotidiano das pessoas. Só que tais invenções não foram tão essenciais assim para aqueles que viveram em épocas muito anteriores à sua época de criação, quando o difícil era se imaginar vivendo com certa invenção, como a internet. Para explicar melhor, vamos pegar como exemplo a atualidade: você se imagina vivendo sem o GPS? Provavelmente a resposta será sim. Eu, pelo menos, vivo muito bem sem o GPS, e posso dizer que ele não é parte integrante da minha vida, ainda. Pode ser que essa resposta mude daqui a alguns anos (e ela provavelmente mudará). Essa nova tecnologia que é o GPS ainda não tem grande popularidade nos dias atuais, mas futuramente será quase impossível se imaginar vivendo sem ela.


Imagem retirada do site do UOL


O Sistema de Posicionamento Global (em inglês, Global Positioning System) – GPS – é um instrumento de navegação criado pelo Departamento de Defesa dos EUA no início da década de 1960, sob o nome de "projeto NAVSTAR". De início, teve fins militares. Sua primeira utilização foi durante a Guerra do Golfo (1990-1991) e alguns anos depois foi liberado seu uso comercial. Com o GPS é possível localizar um ponto qualquer da seguinte maneira: o GPS mede o tempo levado pelos sinais enviados por satélites a 20.000km de altura, com altíssima precisão. Com esse tempo, determina a distância (informação presente em http://www.popa.com.br/_2008/cronicas/gps/funcionamento_do_gps.htm).

Hoje, algumas de suas aplicações são: determinar certa localização, navegar de um lugar para o outro, rastrear uma pessoa/objeto, criar mapas e determinar um horário preciso em todo o mundo. Alguns modelos de celular já possuem GPS, bem como automóveis bastante modernos. Só que isso pode custar um pouco caro ao consumidor. Alguns modelos de GPS custam em torno de R$270, mas existe GPS até de R$ 2.340,00 (GPS à prova d'água para motos). Abaixo, dois exemplos de GPS: um em celular (imagem presente em http://www.malima.com.br/satelite/blog_commento.asp?blog_id=61) e outro em um automóvel (imagem presente em http://www.blogautoestrada.com.br/blog/?cat=4).



Mesmo com toda essa facilidade para encontrar um determinado local, o uso de mapas ainda não é totalmente dispensável. O GPS só é capaz de identificar um lugar por onde já tenha passado, caso contrário indicará uma localização próxima da real. Além disso, ele pode ser perigoso se a pessoa não souber como usá-lo. Apertar um simples botão pode fazer a trajetória de volta e, pensando que seguiu em frente, a pessoa pode parar em um lugar completamente desconhecido. No mar, por exemplo, isso representa um grande perigo.

Se ainda não nos imaginamos vivendo sem o GPS, podemos imaginar como será viver com ele. A vida pode se tornar muito mais fácil. Que bom será entrar no carro e apenas dar as coordenadas, sem precisar se preocupar em ficar parando as pessoas na rua para perguntar onde fica a rua tal. Encontrar alguém, então, nem se fale. Coisas que o GPS faz e que hoje são fantásticas para nós serão simplesmente parte integrante do cotidiano das pessoas no futuro, serão uma realidade fora da qual elas não se imaginarão viver.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O TELEFONE E ALGUNS CASOS DE FAMÍLIA

Quando compramos um novo produto, o recomendável é que o manual de instruções dele seja lido antes de começarmos a usá-lo. Porém, na ânsia de conhecer o mais rápido possível as funções desse produto, como um celular, por exemplo, acabamos deixando o manual de lado e buscamos aprender "na raça" a mexer com o aparelho. Agora, e no caso de um primeiro contato com um equipamento nunca antes visto? Provavelmente, mesmo guiado por um manual seria difícil para o usuário se dar bem com tal invenção logo na primeira utilização dela. Acompanhe abaixo histórias vividas por membros da minha família envolvendo o telefone, invento sobre o qual falamos na última postagem.

Meu pai (Antônio dos Santos) sempre conta que, certa vez, depois de ter começado a trabalhar numa fazenda de plantio e colheita de laranjas, que eram destinadas à exportação, o telefone da seção em que ele se encontrava tocou. Na falta de alguém para atender, um funcionário pediu que meu pai o fizesse. O problema foi que ele nunca havia tido nenhum contato anterior com um telefone! Qual foi o erro dele, então? Pegar o telefone com as partes de ouvir e de falar ao contrário: ele ficou tentando ouvir o outro lado da linha na parte que deveria estar próxima da boca e, é claro, tentou falar na parte que era para ser levada ao ouvido. Bastaram alguns segundos de total silêncio no lado que estava perto da orelha para que ele compreendesse que era preciso inverter as partes. Por sorte, meu pai diz que ninguém percebeu a situação, o que levaria todos a rirem do ocorrido.

Outro fato que ele sempre recorda diz respeito às telefonistas, as mulheres que no passado eram responsáveis por fazer o intermédio entre quem estava ligando e quem receberia a chamada em outra localidade – cidade ou estado diferente. Meu pai não se esquece do tempo que perdia até chegar sua vez de ser atendido pela telefonista e, a partir daí, aguardar ainda mais (esperando às vezes por várias horas para que a ligação fosse completada).

Para finalizar, relato apenas mais um fato, dessa vez envolvendo meu avô materno (Antônio Custódio). Ele, não acostumado a ter telefone em casa, quando passou a ter vivenciou uma situação bastante engraçada – para nós, não para ele. Um dia, meu avô foi ligar para a secretária de um médico para agendar uma consulta e, de repente, o ouvimos dizendo assim para quem estava do outro lado da linha: "Não, mas eu quero falar com ela, com a secretária do médico... Tem que ser com ela, mesmo!" Diante disso, minha mãe se aproximou e pegou o telefone para verificar o que estava acontecendo. E o que era? O pai dela estava discutindo com a secretária eletrônica do consultório, ou seja, não havia ninguém real, em carne e osso, falando com meu avô, mas ele pensou que fosse e ignorou os comandos dados pela voz que ouvia no telefone: queria mesmo era falar com a secretária!

Histórias como essas a gente nunca esquece, principalmente quando o humor toma conta da situação e, é claro, não é a gente mesmo que se vê envolvido no vexame.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

DESCULPA, FOI ENGANO!

(imagem presente no site DreamsTime)
- Alô, quem fala?
- É o Mateus.
- Não é da casa da Emília?
- Não tem ninguém com esse nome aqui, não!
- Ah, desculpa, foi engano!

Isso não é fictício, já aconteceu várias vezes comigo e com meus pais, lá na minha casa em Araras (São Paulo). No caso dessa tal Emília, geralmente quem a procura acaba trocando os dois últimos números do telefone e a chamada cai na casa da gente. Pior que isso foi ter adquirido uma linha telefônica quem antigamente tinha outro dono. Demorou vários meses para que os contatos do dono anterior, cujo nome eu já nem lembro mais, parassem de ligar lá para casa por ainda não terem o outro número do cara. Essas e outras situações, como os trotes bem no meio da madrugada, são bastante frequentes, porém é melhor suportá-las do que, nos dias de hoje, viver sem telefone. Você consegue imaginar sua vida sem ele?

Há cerca de apenas 150 anos, um século e meio atrás, surgia o aparelho que revolucionaria enormemente as comunicações à distância. Por volta de 1860, o italiano Antonio Meucci construiu um telefone eletromagnético ao qual deu o nome de teletroffono. Ele e a esposa, Ester Mochi, moravam nos Estados Unidos. Ela sofria de reumatismo e não tinha condições de ficar descendo as escadas do sobrado onde moravam para falar com o marido no escritório dele. Meucci, então, utilizava o aparelho por ele criado para se comunicar com a esposa, que ficava no quarto, no andar superior da casa.

(imagem presente no site Overmundo)
Mas onde fica o famoso escocês Alexander Graham Bell nessa história? Não aprendemos sempre que foi ele quem inventou o telefone? Como Antonio Meucci não tinha dinheiro suficiente para patentear seu invento de modo permanente, pagou apenas pela patente provisória dele. Na década seguinte à invenção do teletroffono, o italiano vendeu seu protótipo a Graham Bell, que em 1876 patenteou definitivamente o invento como se fosse seu. Meucci chegou a processar o escocês, mas morreu antes de o julgamento ocorrer. Com isso, Graham Bell acabou levando a fama pela criação de outra pessoa. Somente em 2002 o Congresso dos Estados Unidos reconheceu Antonio Meucci como o verdadeiro inventor do telefone.

Apesar de Alexander Graham Bell ter registrado o telefone como sua invenção, ele contribuiu para melhorar a qualidade das chamadas e ampliar cada vez mais a distância alcançada pelas ligações. Graham Bell comprou, do inventor da lâmpada elétrica incandescente, o estadunidense Thomas Alva Edison, o microfone de carbono, que foi incorporado ao telefone.

No Brasil, a primeira cidade a contar com linhas telefônicas foi o Rio de Janeiro, capital do Império, já em 1877, apenas um ano depois que Graham Bell patenteou indevidamente o invento de Meucci. As melhorias que aos poucos foram sendo feitas na qualidade das ligações se refletem na evolução dos aparelhos: de duas partes separadas (a de ouvir e a de falar) para uma peça única; da lenta discagem, girando uma pequena roda a cada número escolhido, para o simples e rápido aperto do botão de cada número; do telefone fixo em um canto da sala para os aparelhos sem fio, os celulares e os telefones públicos ("orelhões"), permitindo muito mais mobilidade aos usuários. É bastante interessante observar uma invenção tão indispensável a nós vai se modificando para nos proporcionar maior conforto e maior facilidade em nossas vidas.

(imagem presente no blog BaltTech)
Atualmente, um grande facilitador de chamadas telefônicas contribui para a vida de muita gente, especialmente entre pessoas que têm parentes morando em cidades bem distantes: o Skype permite realizar ligações de um computador para um telefone (fixo ou celular) a preços baixíssimos, realmente muito mais inferiores do que entre dois aparelhos de telefone. Além disso, se os dois usuários tiverem computador conectado à internet e com câmera, não é preciso pagar nada para falar e até ver quem está do outro lado do monitor.

Confira aqui um vídeo muito legal sobre a evolução dos aparelhos celulares, desde 1985 até os dias de hoje, já incluindo os modelos futuristas que têm sido projetados e lançados. Na quinta-feira, confira o depoimento de alguém que, assim como muitos de nós, não se imagina vivendo sem telefone. Até lá!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

UM MUNDO DE POSSIBILIDADES. ESSE É O YOUTUBE!

Na terça-feira, nós começamos a falar do YouTube. Contamos a sua história e explicamos um pouco como essa invenção funciona. No post desta quinta, o blog traz uma conversa que Fernanda Reis teve com as estudantes Mariana Azevedo e Mônica Bento sobre esse curioso e (muitas vezes) divertido invento do século 21.

As primeiras impressões, as histórias e os conteúdos preferidos para assistir. É o que você vai ouvir no podcast de hoje do Imagine Viver Sem. Confira no áudio abaixo:



Você também pode ouvir esse podcast e baixá-lo quando quiser aqui.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

YOUTUBE: TRANSMITA VOCÊ MESMO!


Pedro, Stefhany, Jeremias... Quem são essas pessoas? Até outro dia mesmo, eram simples desconhecidos no meio da multidão. Continuariam anônimos se, por uma razão do destino (e da tecnologia), alguém não estivesse com uma câmera na mão e um acesso à internet na hora certa e no lugar certo. Por esse motivo, Pedro virou “Pedro do chip”, Stefhany virou a “linda e absoluta do CrossFox” e Jeremias se transformou em “Jeremias muito louco”. Esses três ex-anônimos tiveram suas vidas mudadas do dia para a noite. Por quê? Porque apareceram no YouTube.

Lançado em dezembro de 2005, o YouTube (que em uma tradução livre significa Você TV, já que tube é gíria para televisão), é um site que funciona como uma comunidade onde seus usuários podem disponibilizar vídeos em formato digital. Seus criadores tinham como objetivo criar um espaço em que as pessoas pudessem compartilhar seus vídeos com o mundo.

No início, as produções geralmente envolviam coisas bizarras e/ou engraçadas feitas de maneira bastante amadora (normalmente de celulares ou câmeras compactas digitais). Era gente gravando os primeiros passos do filho, o aniversário de 90 anos da bisavó, o tombo de bicicleta do amigo, gente fazendo paródia de grandes clássicos do cinema, gente criando histórias sem pé nem cabeça e gente fazendo vídeo de si mesmo para alcançar os “15 minutos de fama”. Ou melhor, os “2GB de fama”, já que esse é o tamanho de vídeo que o YouTube suporta!

Hoje, ainda se encontra (e muito!) esse tipo de conteúdo, mas, com as parcerias firmadas com grandes grupos de comunicação, como CBS, NBC, BBC, Warner Music e Sony Music, o YouTube se tornou um espaço em que se pode encontrar, também, desde vídeos de instrução até debates políticos. Em 2007, usuários do site gravaram perguntas em vídeo e o canal de televisão CNN mostrou algumas delas durante o debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos.

Seja para auxiliar ações de grandes empresas de comunicação, seja para apenas divertir as pessoas, a questão é que o YouTube já faz parte de nosso cotidiano. Se você não viu aquele lance do jogo de futebol de quarta-feira, é só “jogar” as palavras-chave em “pesquisar” que você acha o vídeo em poucos segundos. Não deu para assistir ao eletrizante último capítulo da novela das oito? Relaxa! É só ir em “vídeos em destaque” que você com certeza vai achar. O fato é que o YouTube parece oferecer espaço para todos e para tudo, da superprodução hollywoodiana à gravação mais caseira e amadora do mundo. Dona Sônia que o diga!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

COM A PALAVRA, O RELOJOEIRO

Já apresentamos a história de criação do relógio no post anterior. Lá você conheceu alguns dos tipos de relógio existentes e as épocas em que foram criadas. Como é possível notar, há muito tempo esse objeto faz parte do cotidiano e, com a evolução, foi se adaptando às nossas necessidades. Para quem é um usuário fiel, ele faz muita falta. Ficar sem ele é quase impossível que, mesmo quando estraga, o costume nos leva, a todo momento, a olharmos para o pulso! Para não permanecer assim, o primeiro passo é procurar um profissional que possa solucionar o problema, antes de pensar em comprar outro. Este profissional é o relojoeiro.

Wallace Colatino é relojoeiro há sete anos. Ele conta que o ofício já é de família: “meu pai trabalhava com relógio e agora eu trabalho também”. Segundo ele, o trabalho de um relojoeiro é um pouco complicado, mais minucioso e que requer um pouco mais de cuidado. Wallace diz que gosta de trabalhar com isso: “é um bom serviço”, afirma. Segundo ele, para quem gosta de relógio e está costumado a usá-lo, este já é parte da vestimenta; a pessoa não consegue mais sair sem ele. Wallace conta ainda que já trabalhou com relógios automáticos, com relógios à corda, com o cuco à pilha (ele explica que este modelo só simula o antigo; seu funcionamento é à pilha, e não à corda) e com relógios digitais.

Existem mesmo muitas variedades de relógios, todos eles com a mesma finalidade: medir o tempo. Mas será que este objeto serve somente para informar a hora? Não. O relógio de pulso com ponteiro também pode ser usado como bússola. Como? Basta colocar o número 12 do relógio em direção ao sol. Desta forma, a bissetriz do ângulo formado entre o ponteiro da hora e o número 12 indicará o Norte, e trata-se do Norte verdadeiro (de acordo com informações do site relogios-de-portugal.com). Além dessa utilidade, existem alguns modelos que possuem medidor de pressão arterial e a Casio já lançou no Japão um modelo que vem com GPS! (segundo o Portal Joiabr). Não poderíamos esquecer, é claro, que o relógio também é um acessório, ou seja, pode ajudar a compor o figurino. Sendo versátil e informando aquilo que é considerado dinheiro hoje em dia – o tempo –, o relógio conquistou seu espaço na vida moderna, de forma que, para muitas pessoas, é muito difícil viver sem ele.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A HORA CERTA

(imagem presente no site Imotion Imagens)
Ele está em toda parte. Grande ou pequeno, simples ou ornamentado, de parede ou de pulso, com ponteiros ou digital. O relógio é um objeto fundamental na vida de praticamente qualquer pessoa que vive na cidade. Se hoje é tão simples nos programarmos de acordo com as 24 horas que temos disponíveis diariamente, como será que era quando o relógio, tal qual o conhecemos, ainda não existia?

Na época em que o homem vivia apenas da agricultura e ainda não havia a escrita, a medição do tempo começou a ser feita com uma simples haste (conhecida por gnômon ou obelisco), um pedaço de madeira qualquer preso ao chão ou a um tronco de uma árvore. Os raios solares, ao passarem por essa haste, faziam com que a sombra projetada se deslocasse ao longo do dia. A partir daí foi possível, ainda que rusticamente, ter uma ideia da duração do tempo, mas apenas enquanto a noite não chegava, já que com ela a tal haste não tinha serventia alguma.

(imagem presente no site Baixaki)
O “relógio de sol”, uma atração turística importante até hoje em muitas cidades, foi inventado, acredita-se, ou pelos egípcios ou pelos babilônios, cerca de 3.000 a.C. Foi um grande aperfeiçoamento em relação ao modelo anterior, o primeiro inventado para dar alguma noção de tempo ao ser humano. Apesar da criação do “relógio de sol”, não havia como ter precisão dos minutos e segundos, mas somente das horas. Isso, é claro, quando o tempo ajudava, ou seja, quando nem a chuva nem as nuvens encobriam os raios solares que deveriam incidir sobre o tal relógio.

Na fase seguinte à do sol, veio a da água, ainda antes de Cristo. A clepsidra, também chamada de “relógio hidráulico” ou “relógio de água”, era um recipiente comprido, feito de vidro, no meio do qual havia um pequeno orifício por onde a água que estivesse na parte de cima pudesse passar e chegar à parte de baixo. Quando uma das partes estivesse cheia, bastaria virar o aparelho de cabeça para baixo a fim de que a água voltasse a escoar para o outro lado. A invenção grega havia acabado com o problema em medir o tempo durante a noite, mas, em lugares onde fazia muito frio durante o inverno, a água do “relógio hidráulico” congelava.


(imagem presente no blog Victor Santiago Vieira)
Assim como a clepsidra, a ampulheta foi um instrumento bastante difundido para se demarcar a passagem do tempo. Sua principal diferença para o “relógio de água” era a matéria-prima: no caso da ampulheta, areia fina em vez de água. O “relógio de areia”, cujo desenvolvimento é atribuído aos egípcios, podia ser feito de madeira e metais nobres, como ouro e prata, que adornavam o recipiente de vidro que continha a areia. Durante a Idade Média, a ampulheta foi bastante utilizada, mas foi também nessa época que os relógios começariam a ganhar o rosto que têm hoje.

Os primeiros relógios mecânicos, ao serem instalados nas igrejas, permitiam aos fiéis saber os horários das celebrações de missas e de outros acontecimentos das pequenas vilas e cidades, pois geralmente funcionavam – e ainda funcionam – com sinos que são tocados regularmente pelos religiosos dos templos. A diminuição no tamanho dos relógios mecânicos levou à produção cada vez maior de finas obras de arte que não só marcavam a passagem do tempo, mas serviam também para ostentar riqueza e poder em várias residências e palácios da Europa.

(imagem presente no blog Meus Sonhos de Consumo)
Relógios de parede com pêndulo, relógios de mesa movidos à base de corda, enfim, uma infinidade de evoluções que fizeram grandes e pesadas máquinas chegarem, aos poucos, nos relógios de bolso e de pulso com os quais convivemos. Além disso, inovações como o cronômetro, o relógio à prova d’água e a ausência de ponteiros nos modelos digitais facilitaram ainda mais a vida de quem, a cada dia correndo mais contra o tempo, não imagina ter um instrumento que não trabalhe com exatidão, com precisão.

E você, trocaria seu relógio de pulso, seja ele digital ou analógico, por algum daqueles mais antigos? Que tal o de sol para o dia, o de água para a noite e o de areia para sair de casa? Alguém adere à proposta?

Para saber mais a respeito da evolução dos relógios, desde o de sol até os mais modernos, confira aqui a cronologia da invenção desses instrumentos. Na quinta-feira, leia mais curiosidades sobre os relógios. Dessa vez, histórias de quem trabalha em meio a vários deles. Não perca!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

UM OLHAR SOBRE O DIGITAL

Na postagem anterior, você conheceu um pouco da história da câmera fotográfica digital. As maravilhas proporcionadas por este equipamento são muitas, principalmente devido à grande quantidade de fotos e até de vídeos que podem ser nele armazenados durante um evento qualquer e, depois, transferidos para o computador. Mas além desse universo de facilidades trazidas pelas câmeras digitais, existem também alguns pontos críticos em relação a elas.

“Hoje, prioriza-se a quantidade para deixar a qualidade para depois. Antigamente, pensava-se primeiro na qualidade e, só então, na quantidade. É triste ver que as pessoas pararam de pensar antes de clicar, e saem fotografando sem antes analisar qual o momento exato para clicar. Não adianta um repórter fotográfico tirar 200 fotos de um jogo de futebol se o jornal vai publicar no máximo três fotos da partida”, analisa o professor Erivam Morais de Oliveira, da área de Fotojornalismo e Fotografia do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Erivam lembra que a Copa do Mundo de 1998, realizada na França, ficou conhecida como a “primeira copa digital”, pois foi a primeira em que se utilizaram equipamentos digitais para captação e transmissão de imagens ao resto do mundo: “A France Presse [AFP, agência de notícias francesa] disponibilizava imagens dos jogos vinte minutos depois de seu início. Isso levou a FIFA [Federação Internacional de Futebol] a proibir a divulgação imediata das imagens para os sites, já que a prática levava a uma concorrência direta com a transmissão feita pela televisão”.

A situação dos repórteres fotográficos no mercado de trabalho atual, considerando a crescente participação de amadores que fotografam, filmam e têm essas produções divulgadas pela grande mídia, também foi abordada pelo professor: “Nada vai substituir o olhar daquele que trabalha para informar. Muitas imagens amadoras são de boa qualidade, mas se formos considerar o enquadramento, a informação passada pela foto, aí o cenário muda”.

O professor Erivam finaliza falando sobre sua relação com a câmera fotográfica quando não está trabalhando: “Mesmo viajando, eu procuro sempre trazer informação nas fotos que tiro. Sendo alguém que trabalha com imagem, eu dificilmente gosto de aparecer. Prefiro ficar nos bastidores”. Como é possível perceber pela entrevista do professor, de nada adianta ter uma câmera digital nas mãos e cenários deslumbrantes à nossa volta. É preciso refletir sobre o que estamos fazendo. Dessa forma ganhamos tempo e aproveitamos mais as paisagens que ficarão registradas pelas lentes de nossas câmeras.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CÂMERA DIGITAL: "APAGA E TIRA OUTRA VEZ!"

Viagens de férias com a família, aniversários dos amigos, formatura da filha, nascimento do filho... Esses são alguns momentos especiais de nossas vidas, que desejamos lembrar para sempre. É muito bom guardar momentos felizes na memória, mas eternizá-los e poder revê-los quando quiser é melhor ainda. Para que essas agradáveis ocasiões fiquem registradas, carregamos para todos os lados, sempre, nossas queridas câmeras fotográficas.

(Imagem retirada do blog TargetHD)

Atualmente, são vários os tipos, cores, tamanhos e, nos últimos anos, os modelos digitais vêm tomando conta do mercado. A popularização do acesso aos equipamentos fotográficos digitais se mostrou mais acentuada a partir do início dos anos 2000, mas a origem desse tipo de tecnologia é anterior a essa década.

A Segunda Guerra Mundial foi o período em que os Estados Unidos fizeram os primeiros estudos em se que relacionavam comunicação e tecnologia digital. O desenvolvimento das câmeras digitais começou aí. Porém, a grande investida se deu no período da corrida espacial estadunidense, durante a Guerra Fria. Foi a sonda Mariner 4, em 1965, que registrou a superfície do planeta Marte – a primeira imagem considerada digital. Essa câmera, porém, ainda apresentava alguns elementos analógicos.

(Imagem retirada do site Meio Bit)

Em 1969 o primeiro Charged Coupled Device, o CCD, (semicondutor que captura as imagens nas câmeras digitais; seria análogo ao filme fotográfico das câmeras analógicas) foi desenvolvido. Em 1975 a Kodak fez um primeiro modelo baseado no modo CCD. Embora houvesse a vantagem de a câmera não precisar de filme, o equipamento pesava quatro quilos e suas imagens eram registradas em uma fita cassete.

A câmera realmente considerada digital foi a chamada Fairchild All-Sky Camera. Ela foi desenvolvida na Universidade de Calgary, no Canadá, e foi assim denominada porque, para o processamento das imagens capturadas, usava-se um computador.

É no fim da década de 1980 que a tecnologia fotográfica digital começa a ficar mais próxima do grande público. Nos anos seguintes, a popularização da câmera digital (por conta, principalmente, da redução dos preços) cresce de maneira considerável.

A câmera digital passou a ser um objeto comum em nosso cotidiano e de grande utilidade em inúmeras situações. A praticidade do equipamento e a possibilidade de se tirar infinitas fotos e poder apagá-las sem precisar de inúmeros filmes fotográficos são alguns dos elementos que fazem da câmera digital uma invenção que hoje é difícil de imaginar vivendo sem!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

JOVEM E... SEM CARRO!

Imagine viver até sua adolescência sem ter visto um carro! Curioso, não? Para nós, hoje, isso seria estranho, já que os automóveis fazem parte de nossas vidas desde muito cedo. Porém, há algumas décadas, isso não era tão comum assim, ainda mais em pequenas cidades de interior. Fernanda Reis conversou com o aposentado José Cardoso, que lhe contou desde o primeiro contato com um carro até sua relação atual com esse invento de “quatro rodas”.

José Cardoso da Silva era ainda muito novo – tinha quatro anos – quando foi morar em São José do Triunfo (um dos quatro distritos do município de Viçosa). Vivia com seus pais e mais cinco irmãos. Ele conta que “era de família muito humilde e que todo mundo tinha que trabalhar para sustentar a casa, desde o mais velho até o mais novo dos irmãos.” Seu José diz que a vida era muito difícil e que não tinha muito tempo para pensar em outras coisas que não o trabalho. Por isso, ter um automóvel não era prioridade em sua vida. Aliás, até sua adolescência ele nunca tinha visto um carro.

“Em São José do Triunfo, na época em que eu era bem jovem, quando via riscos de bicicleta na poeira, já sabia que pelo menos duas pessoas de fora deveriam ter passado por lá, porque ninguém mais no distrito tinha bicicleta!”. Seu José lembra que, até 1947, ninguém tinha carro: “O primeiro que eu vi veio de outro lugar e, nossa, foi uma novidade! Lembro que achei muito interessante!”. Ele ainda conta que era difícil circular com o carro. Fazê-lo ‘pegar’, então, era outro sufoco: “Naquela época tinha que virar uma manivela, rodar, rodar e rodar até o motor funcionar e o carro ganhar velocidade”.

Seu José se recorda ainda da primeira vez que andou de carro. “Foi na época de adolescente também. Eu viajei de carona lá de São José do Triunfo até Viçosa, com pessoas que levaram o padre para celebrar a missa. Elas estavam indo para Viçosa e eu peguei uma carona, pois precisava ir à cidade.”

Em 1947, Seu José se mudou para o Rio de Janeiro para trabalhar com construção civil e só voltou para Minas Gerais 40 anos mais tarde. Nesse intervalo de tempo, trabalhou, estudou, casou-se, teve filhos, trabalhou mais um pouco e, em 1970, comprou seu primeiro carro: um Fusca de segunda mão. Ele explica que o principal motivo da compra do carro foi a facilidade que o automóvel lhe proporcionaria para se locomover, já que havia sofrido um acidente e se deslocar para o trabalho tinha se tornado difícil.

Desde então, ter um automóvel passou a ser essencial na vida do senhor José Cardoso. Hoje, ele mora em um bairro distante da cidade e os horários de ônibus às vezes não cooperam muito. Ele fala que, para sua locomoção, o carro continua sendo de extrema importância, e completa dizendo que, seja para ir à casa de amigos, visitar parentes ou apenas para dar uma voltinha pela cidade, sem o seu carro não dá. “Automóvel? Eu, sinceramente, não imagino vivendo sem”, encerra.

Observação: a imagem utilizada acima foi retirada do blog Auto Brasil.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

BIBI: O AUTOMÓVEL VEM AÍ!

Quem nunca aproveitou a espera no consultório médico para ir pagar uma conta? Ou então marcou seu lugar na fila do banco e foi pegar uma encomenda enquanto não chegava sua vez? Para facilitar essas idas e vindas num intervalo tão curto de tempo, nada melhor do que ter um automóvel à disposição. Para percorrer grandes distâncias então, nem se fala!

O automóvel foi, sem dúvida, um dos inventos mais marcantes da história. Mas se hoje vemos modelos tão luxuosos, com designs modernos e que atingem altíssimas velocidades, não dá nem pra acreditar que um dia ele foi um simples veículo movido a vapor, com três rodas e capacidade de atingir apenas 3 km/h. Essa é a descrição do precursor do automóvel: uma carruagem criada em 1769, pelo engenheiro francês Nicolas-Joseph Cugnot. Na imagem acima, podemos ver como era esse modelo (Imagem retirada do Blog do Lapate). Mas, nessa época, esse tipo de veículo era pesado, barulhento e emitia odores desagradáveis, uma vez que seu funcionamento se dava à base da queima do carvão. Somente a partir de 1850, quando descobriram o petróleo como combustível e quando foi inventado o motor à explosão, é que o automóvel ganharia o caráter que tem hoje.

Os primeiros passos do automóvel se deram na Europa. Apenas em 1908 é que os Estados Unidos iriam produzir seus próprios modelos, quando o industrial Henry Ford criou a linha de montagem e padronizou a produção, com o modelo Ford T, reduzindo o preço do veículo. No Brasil, a invenção chegaria em 1893: um Peugeot modelo tipo 3, importado pela família Dumont, do tão conhecido Alberto Santos Dumont, criador do avião. De início, o automóvel foi uma invenção apenas para os ricos, mas sua popularização faria dele um fator importantíssimo para levar conforto e praticidade à vida moderna, além de auxiliar na evolução das cidades, a partir de sua demanda por ruas e estradas asfaltadas. Na imagem acima (à direita), uma foto mostrando um dos modelos do Ford T (Imagem retirada do blog Oficina da História).

Em entrevista a Jéssica Marçal, a professora doutora Patrícia Vargas, do curso de História da Universidade Federal de Viçosa (UFV) explica que o surgimento do automóvel acontece em uma época de grande desenvolvimento tecnológico e científico – um momento conhecido como Belle Époque –, que marcou as sociedades ocidentais, em particular a europeia. É um momento ligado à inovação, a uma perspectiva de crença no progresso material e no uso da razão. Ela também revela uma curiosidade envolvendo o uso do automóvel, nos primórdios de sua criação. Ficou curioso? Então confira os detalhes na entrevista completa com a professora, ouvindo o podcast a seguir.



Se quiser, você também pode ouvi-lo e baixá-lo clicando aqui.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A ELETRICIDADE POR QUEM A ENTENDE

Hoje você acompanha, na segunda postagem sobre energia elétrica, uma entrevista que Mateus dos Santos fez com o professor José Carlos Costa Campos, do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Ele falou a sobre o contexto da época em que a lâmpada elétrica foi criada, sobre a situação do Brasil perante o mundo no diz que respeito ao setor energético e ainda sobre o uso de lâmpadas fluorescentes dentro de casa. Confira a entrevista no áudio abaixo.



Se quiser, você também pode ouvi-lo e baixá-lo clicando aqui.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

E A LUZ FOI FEITA...

Em 130 anos de existência, atualmente ela atinge 99% dos lares de nosso país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Imagine Viver Sem energia elétrica e as maravilhas que ela proporciona em nossa casa, trabalho, lazer... Mateus dos Santos traz as impressões de quem, só com mais de 30 anos de idade, conheceu a luz elétrica e passou a contar com ela dentro de casa.

Até 1879, a iluminação pública das ruas era feita com lampiões a óleo e a gás. Dentro das casas, além do lampião, da lamparina e da lareira, à noite eram usadas velas para ir de um cômodo a outro com segurança. Foi o estadunidense Thomas Alva Edison – considerado o maior inventor de todos os tempos, com mais de mil criações – que fez a lâmpada elétrica incandescente surgir e se popularizar. Hoje a moda é outra – as lâmpadas fluorescentes, que consomem menos energia e duram mais –, mas na época o invento de Edison contribuiu bastante para o desenvolvimento das cidades.

A dona-de-casa Júlia das Dores Silva Fernandes nasceu e cresceu na zona rural de Teixeiras. Ela, suas cinco irmãs e um irmão não tinham energia elétrica na roça. Ao anoitecer, só dava para ela, os irmãos e os pais ligarem o rádio, movido a pilha, e ficar ouvindo músicas e radionovelas. “A gente aproveitava o fogão de lenha para cozinhar, esquentar água para tomar banho e ainda pegava a brasa para pôr no ferro e passar roupa. Ninguém na roça tinha carro também. O que a gente usava mesmo era cavalo e carro-de-boi para ir até a cidade”, lembra dona Júlia. Só depois dos 30 anos de idade, já casada, é que a dona-de-casa se mudou para a cidade e passou a ter eletricidade em casa.

Hoje, dona Júlia é viúva e mora sozinha no centro de Viçosa. Dos dois filhos que teve, um morreu há menos de três anos e outro mora e trabalha em Teixeiras. Apesar de reconhecer o conforto que passou a experimentar quando, recém-casada, veio para a cidade, ela reclama por não ter meios de poder voltar a morar no campo: “Lá é bem mais sossegado, tranquilo, sem violência... E hoje em dia tem luz elétrica, televisão, chuveiro, tudo o que a pessoa quiser levar. Uma das minhas irmãs mora na roça, mas tem tudo isso, até carro”, conta a dona-de-casa.

Depois de acompanhar a história de alguém para quem o acesso à eletricidade teve um importante significado, não há como dizer que a luz elétrica não continua sendo importante. Até hoje, a representação demonstrando que alguém teve uma ideia sobre algo traz um desenho de uma luz acesa sobre a cabeça da pessoa.

Para entender como funcionam vários tipos de lâmpadas existentes hoje em dia, acesse o site How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Conheça também a história da iluminação pública na maior cidade brasileira acessando o site da Prefeitura de São Paulo. Na próxima postagem, confira um especialista em eletricidade falando sobre as mudanças provocadas na sociedade a partir do surgimento da energia elétrica.

Tive uma ideia!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O USUÁRIO E O ESPECIALISTA

No post anterior, o Imagine Viver Sem falou sobre a história do computador. Nesta semana, é a vez de outras pessoas dizerem alguma coisa sobre essa invenção. A primeira a falar é Maria da Consolação Soares, que, em uma conversa com Fernanda Reis, contou um pouco da sua relação com o invento.

“É uma coisa muito interessante. Algo em que não dá para acreditar. Um invento extraordinário!”. É assim que a dona-de-casa Maria da Consolação Soares começa definindo uma das invenções mais revolucionárias do século XX: o computador. Por ter vivido boa parte de sua vida sem depender desse invento, ela fala de suas impressões a respeito da invenção e conta o que pensava antes de ter contato com o computador: “Há 20 anos, a gente ouvia falar assim: 'Daqui a algum tempo, vamos poder ver uma pessoa e conversar com ela, mesmo estando em lugares diferentes'. Eu ficava imaginando como seria isso. Como poder falar com uma pessoa que está em outro lugar e vê-la ao mesmo tempo? Teria jeito? Hoje eu percebo que sim, que isso é possível com computador”.

Consolação fala também que o seu contato mais direto com o chamado PC (abreviação da expressão em inglês personal computer) se iniciou há dois meses, quando começou a fazer aulas de informática: “Para mim, o computador era um mistério. Achava muito estranho e tinha medo de mexer, tinha medo de estragar. No meu primeiro dia de aula, eu até perguntei ao professor: 'Pode mexer aqui? Não vai estragar, não?' E ele disse: 'Não, não vai, não. Pode mexer sem problemas'. Aí, isso me tranquilizou, me deu mais coragem. Eu tinha medo de estragar e depois não ter conserto”.

Ela conta que a vontade de não depender mais dos outros para digitar um texto ou para fazer uma pesquisa na internet foi uma das razões que motivou sua procura por um curso de informática: “Eu comecei a fazer aula porque senti necessidade. Quando eu precisava de um texto digitado, tinha que pedir para alguém fazer, e nem sempre as pessoas tinham tempo”. Mas ela confessa que o principal motivo para entrar no mundo da informática foi a vontade de se comunicar com seus filhos: “O computador é útil para mim porque eu tenho filhos que moram fora e conversar pela internet fica bem melhor. Assim, tenho notícias deles com mais facilidade”.

Maria da Consolação se mostra satisfeita com as aulas de informática e diz não ver a hora de poder bater longos papos com seus filhos pela internet. Ao fim da conversa, questionada se o computador foi um bom invento, Consolação, num misto de riso e empolgação, diz: “Claro que sim! Obrigada, meu Deus, pela inteligência do homem e por ter lhe dado a capacidade de criar algo tão incrível como o computador!”.

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O segundo depoimento sobre o computador é de Rogério Pascini. Ele é analista de sistemas da Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (CEAD) da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e fala sobre a importância desse invento para a sociedade, para os cursos a distância e para sua própria vida.
Acompanhe no áudio abaixo o bate-papo que Mateus dos Santos teve com Rogério.

Se quiser, você também pode ouvi-lo e baixá-lo clicando aqui.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

COMPUTADOR: O INÍCIO DE TUDO

Quem, nos dias de hoje, consegue se imaginar vivendo sem o computador? E mais: quem sabe dizer qual é sua história de criação? Essa máquina que revolucionou o século XX e mudou a vida de muita gente percorreu todo um processo de evolução para chegar aos pequenos notebooks que temos hoje. Pode-se dizer que o início de tudo é o ábaco, um calculador decimal operado manualmente. Ele é considerado o primeiro dispositivo que facilitou o processamento de informações pelo homem. Mas, para facilitar mais ainda os cálculos, Blaise Pascal (1623-1662) construiu a primeira calculadora mecânica, que poderia somar e subtrair.

O Ábaco
(Imagem retirada de doufer.com)

Dando continuidade à sequência de invenções, Charles Babbage (1792-1871), responsável por outros inventos, como o velocímetro, desenvolveu, em 1833, um computador analítico. O funcionamento da máquina se dava por meio de basicamente quatro dispositivos: o moinho, um dispositivo de entrada, o armazém e um dispositivo impressor. O moinho era uma máquina que somava com precisão de até 50 casas decimais. O dispositivo de entrada servia para ler cartões perfurados que apresentasse números (dados) e instruções para trabalhar com os dados. Esses números dos cartões ou, então, o resultado dado pelo moinho eram armazenados em um dispositivo de memória: o armazém. Os dados tinham que ter uma saída, que, no caso, era o dispositivo impressor.

Essa invenção, embora avançada para a época, acabou fracassando porque o funcionamento era à base de vapor e as peças eram fabricadas manualmente. Mesmo assim, Babbage é considerado o precursor do computador. Estamos falando da máquina, porque quanto ao software a precursora é a matemática Ada Augusta Byron, que ajudou Babbage na construção do dispositivo. Mas isso é assunto para outras postagens.

O Colossus
(Imagem retirada de netangola.com)

Após uma série de evoluções, chegou-se ao primeiro computador eletrônico programável – o Colossus. Criado em 1943, época em que o mundo era palco da Segunda Grande Guerra (1939-1945), a máquina desenvolvida por Alan Turing foi usada para criptogafar dados e quebrar códigos. Para a época, isso simbolizou um grande avanço e auxiliou nas estratégias bélicas dos países envolvidos no conflito.

Desde então, o computador não parou de evoluir. A primeira versão eletrônica digital de grande porte foi apresentada ao mundo em 1946, por John Mauchly e J. Presper Eckert. O
ENIAC, Eletronic Numerical Integrator and Calculator, tinha por finalidade efetuar cálculos balísticos para o exército. Só para se ter uma noção do tamanho, ele ocupava uma superfície de 167m², pesando 27 toneladas.

O ENIAC
(Imagem retirada de explora.cl)

Pensando no tamanho dos computadores portáteis existentes hoje em dia, fica difícil acreditar que um dia essas miniaturas tiveram esse tamanho todo, mas tiveram! Independente do tamanho, o computador sempre representou um avanço para as sociedades que acompanhavam as etapas de seu desenvolvimento, levando praticidade ao cotidiano das pessoas. Na próxima postagem apresentaremos os impactos que esta invenção causou na época em que foi apresentada à sociedade, através de depoimentos pessoais e do ponto de vista de um especialista.

Abaixo segue um vídeo que apresenta a história do computador contada em aproximadamente cinco minutos. Assista e confira mais detalhes sobre a história de criação desse invento que, para a sociedade moderna, é difícil imaginar viver sem.

(O vídeo foi retirado do site YouTube)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O QUE ESTAMOS INVENTANDO

Imagine Viver Sem computador, celular, máquina de lavar, ferro de passar roupa, fogão a gás, relógio, televisão, rádio, geladeira, micro-ondas etc. Hoje em dia parece impossível viver sem essas invenções que trazem praticidade e conforto à nossa vida.

Mesmo usando esses objetos diariamente, muitas vezes não conhecemos sua história. Nossa intenção aqui é trazer informações sobre a criação do invento, a época em que foi desenvolvido e as mudanças que causou na sociedade a partir de seu uso.

O Imagine Viver Sem vai abordar esses temas através de depoimentos de usuários e de entrevistas com estudiosos no assunto. Os depoimentos serão sobre o impacto que certa invenção teve na vida de alguém a partir do primeiro contato com a novidade. Também será relatada a importância que essa novidade ainda tem no cotidiano dessa pessoa. Já o estudioso vai falar sobre o contexto histórico da época em que o invento surgiu, bem como as transformações geradas na sociedade. Os depoimentos e entrevistas vão aparecer em forma de texto ou de áudio (podcast).

As imagens utilizadas nas postagens serão retiradas da internet e possuem apenas a função de ilustrar os assuntos tratados, assim como as figuras que identificam o blog (a câmera fotográfica, o rádio, o telefone, o relógio, a calculadora e as identidades visuais do Gmail, YouTube e Windows Live Messenger).

Ficou curioso para saber sobre as invenções sem as quais você não imagina viver? Então acompanhe nossas postagens, sempre às quintas-feiras, aqui no Imagine Viver Sem. O blog é produzido por Fernanda Reis, Jéssica Marçal e Mateus dos Santos, alunos do curso de Comunicação Social/Jornalismo, da Universidade Federal de Viçosa, para a disciplina Preparação e Revisão de Originais (Multimídia), mais conhecida como Webjornalismo. Se você tem curiosidade de saber como importantes inventos foram criados e adaptados ao nosso dia-a-dia, tenha certeza de que nós também vamos nos surpreender com a histórias dessas inovações que mudaram nossas vidas!