terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O COMPANHEIRO DE TODO MÊS

Muitas mulheres ainda sentem certo constrangimento só de pensar em ir naquela prateleira do supermercado, na seção de higiene pessoal, para pegar aqueles “benditos” pacotinhos. As marcas são as mais diversas possíveis, todas elas oferecem inúmeras vantagens e prometem muito conforto. No interior desses “benditos” pacotinhos, estão a ajuda mais bem-vinda (e higiênica também!) que as mulheres precisam durante certo período de cada mês. Estamos falando dos absorventes.

Hoje, em supermercados e farmácias, você acha um mundo de possibilidades em se tratando de absorventes: possuem diferentes tamanhos, diferentes formatos (se adaptando à anatomia do corpo feminino), alguns possuem abas, outros não, alguns servem para ser usados durante a noite, outros são internos... O que não falta é opção, no que diz respeito aos absorventes descartáveis. No entanto, nem sempre foi assim.

No tempo de nossas avós, por exemplo, o uso de absorventes descartáveis não existia. Por milhares de anos, a proteção menstrual funcionava de maneira bastante simples: uma faixa de material macio e absorvente segurada por cordões ou cintas. Até o início do século XX, mais precisamente até o período da Primeira Guerra Mundial, era comum a utilização das chamadas toalhinhas higiênicas que, após serem usadas, poderiam ser lavadas e utilizadas novamente. No Brasil, por exemplo, até a década de 1950, existiam indústrias fabricantes dessas toalhinhas. Elas eras feitas de um tecido que vinha dobrado em três partes largas e grossas.

(imagem presente no site Saúde Integral)

Os anos de 1930 foram aqueles em que os absorventes descartáveis começaram a ser comercializados no Brasil. Nessa época, a empresa de utensílios médicos Johnson & Johnson lançou no país o famoso Modess (que viraria uma espécie de sinônimo para a palavra absorvente). E isso tudo aconteceu em um contexto em que a intimidade feminina e, sobretudo, a menstruação consistiam em temas delicados de se discutir abertamente.

No período da Segunda Guerra Mundial, o cotidiano feminino mudou de maneira substancial. Foi nessa época que a emancipação das mulheres começou a se configurar e elas passaram a ocupar os postos de trabalhos deixados pelos maridos por conta da guerra. Esse contexto de menor repressão permitiu, por exemplo, que o uso de absorventes internos – visto de maneira preconceituosa no início do século – se tornasse mais popular e comum.

(imagem presente no site FarmaViver)

Curiosamente, esse tipo de absorvente é bastante antigo (as mulheres egípcias e as assírias, por exemplo, utilizavam versões com papiro) e já vinha sendo usado há milhares de anos, em diferente épocas e por diferentes civilizações. No Brasil, o absorvente interno descartável foi lançado somente em 1974. Nesse mesmo ano, a Johnson & Johnson lançou o primeiro absorvente que se fixava na roupa íntima feminina.


A história do absorvente vem sendo paralela à da mulher. Ele acompanhou os processos de mudanças do cotidiano feminino, se adaptando sempre às novas condições e tentando oferecer cada vez mais conforto e bem-estar às mulheres. É por isso que ele é o companheiro de todas as horas. Ou, pelo menos, nas horas daqueles dias!

2 comentários:

Carlos d'Andréa disse...

Não conhecia esta evolução, gostei da pauta. Não se esqueçam do post de hibernação, ok

Mateus disse...

Pode deixar, não estamos nos esquecendo do post, Carlos. Ele será publicado na quinta-feira. Até mais.