segunda-feira, 9 de novembro de 2009

DESCULPA, FOI ENGANO!

(imagem presente no site DreamsTime)
- Alô, quem fala?
- É o Mateus.
- Não é da casa da Emília?
- Não tem ninguém com esse nome aqui, não!
- Ah, desculpa, foi engano!

Isso não é fictício, já aconteceu várias vezes comigo e com meus pais, lá na minha casa em Araras (São Paulo). No caso dessa tal Emília, geralmente quem a procura acaba trocando os dois últimos números do telefone e a chamada cai na casa da gente. Pior que isso foi ter adquirido uma linha telefônica quem antigamente tinha outro dono. Demorou vários meses para que os contatos do dono anterior, cujo nome eu já nem lembro mais, parassem de ligar lá para casa por ainda não terem o outro número do cara. Essas e outras situações, como os trotes bem no meio da madrugada, são bastante frequentes, porém é melhor suportá-las do que, nos dias de hoje, viver sem telefone. Você consegue imaginar sua vida sem ele?

Há cerca de apenas 150 anos, um século e meio atrás, surgia o aparelho que revolucionaria enormemente as comunicações à distância. Por volta de 1860, o italiano Antonio Meucci construiu um telefone eletromagnético ao qual deu o nome de teletroffono. Ele e a esposa, Ester Mochi, moravam nos Estados Unidos. Ela sofria de reumatismo e não tinha condições de ficar descendo as escadas do sobrado onde moravam para falar com o marido no escritório dele. Meucci, então, utilizava o aparelho por ele criado para se comunicar com a esposa, que ficava no quarto, no andar superior da casa.

(imagem presente no site Overmundo)
Mas onde fica o famoso escocês Alexander Graham Bell nessa história? Não aprendemos sempre que foi ele quem inventou o telefone? Como Antonio Meucci não tinha dinheiro suficiente para patentear seu invento de modo permanente, pagou apenas pela patente provisória dele. Na década seguinte à invenção do teletroffono, o italiano vendeu seu protótipo a Graham Bell, que em 1876 patenteou definitivamente o invento como se fosse seu. Meucci chegou a processar o escocês, mas morreu antes de o julgamento ocorrer. Com isso, Graham Bell acabou levando a fama pela criação de outra pessoa. Somente em 2002 o Congresso dos Estados Unidos reconheceu Antonio Meucci como o verdadeiro inventor do telefone.

Apesar de Alexander Graham Bell ter registrado o telefone como sua invenção, ele contribuiu para melhorar a qualidade das chamadas e ampliar cada vez mais a distância alcançada pelas ligações. Graham Bell comprou, do inventor da lâmpada elétrica incandescente, o estadunidense Thomas Alva Edison, o microfone de carbono, que foi incorporado ao telefone.

No Brasil, a primeira cidade a contar com linhas telefônicas foi o Rio de Janeiro, capital do Império, já em 1877, apenas um ano depois que Graham Bell patenteou indevidamente o invento de Meucci. As melhorias que aos poucos foram sendo feitas na qualidade das ligações se refletem na evolução dos aparelhos: de duas partes separadas (a de ouvir e a de falar) para uma peça única; da lenta discagem, girando uma pequena roda a cada número escolhido, para o simples e rápido aperto do botão de cada número; do telefone fixo em um canto da sala para os aparelhos sem fio, os celulares e os telefones públicos ("orelhões"), permitindo muito mais mobilidade aos usuários. É bastante interessante observar uma invenção tão indispensável a nós vai se modificando para nos proporcionar maior conforto e maior facilidade em nossas vidas.

(imagem presente no blog BaltTech)
Atualmente, um grande facilitador de chamadas telefônicas contribui para a vida de muita gente, especialmente entre pessoas que têm parentes morando em cidades bem distantes: o Skype permite realizar ligações de um computador para um telefone (fixo ou celular) a preços baixíssimos, realmente muito mais inferiores do que entre dois aparelhos de telefone. Além disso, se os dois usuários tiverem computador conectado à internet e com câmera, não é preciso pagar nada para falar e até ver quem está do outro lado do monitor.

Confira aqui um vídeo muito legal sobre a evolução dos aparelhos celulares, desde 1985 até os dias de hoje, já incluindo os modelos futuristas que têm sido projetados e lançados. Na quinta-feira, confira o depoimento de alguém que, assim como muitos de nós, não se imagina vivendo sem telefone. Até lá!

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