quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O TELEFONE E ALGUNS CASOS DE FAMÍLIA

Quando compramos um novo produto, o recomendável é que o manual de instruções dele seja lido antes de começarmos a usá-lo. Porém, na ânsia de conhecer o mais rápido possível as funções desse produto, como um celular, por exemplo, acabamos deixando o manual de lado e buscamos aprender "na raça" a mexer com o aparelho. Agora, e no caso de um primeiro contato com um equipamento nunca antes visto? Provavelmente, mesmo guiado por um manual seria difícil para o usuário se dar bem com tal invenção logo na primeira utilização dela. Acompanhe abaixo histórias vividas por membros da minha família envolvendo o telefone, invento sobre o qual falamos na última postagem.

Meu pai (Antônio dos Santos) sempre conta que, certa vez, depois de ter começado a trabalhar numa fazenda de plantio e colheita de laranjas, que eram destinadas à exportação, o telefone da seção em que ele se encontrava tocou. Na falta de alguém para atender, um funcionário pediu que meu pai o fizesse. O problema foi que ele nunca havia tido nenhum contato anterior com um telefone! Qual foi o erro dele, então? Pegar o telefone com as partes de ouvir e de falar ao contrário: ele ficou tentando ouvir o outro lado da linha na parte que deveria estar próxima da boca e, é claro, tentou falar na parte que era para ser levada ao ouvido. Bastaram alguns segundos de total silêncio no lado que estava perto da orelha para que ele compreendesse que era preciso inverter as partes. Por sorte, meu pai diz que ninguém percebeu a situação, o que levaria todos a rirem do ocorrido.

Outro fato que ele sempre recorda diz respeito às telefonistas, as mulheres que no passado eram responsáveis por fazer o intermédio entre quem estava ligando e quem receberia a chamada em outra localidade – cidade ou estado diferente. Meu pai não se esquece do tempo que perdia até chegar sua vez de ser atendido pela telefonista e, a partir daí, aguardar ainda mais (esperando às vezes por várias horas para que a ligação fosse completada).

Para finalizar, relato apenas mais um fato, dessa vez envolvendo meu avô materno (Antônio Custódio). Ele, não acostumado a ter telefone em casa, quando passou a ter vivenciou uma situação bastante engraçada – para nós, não para ele. Um dia, meu avô foi ligar para a secretária de um médico para agendar uma consulta e, de repente, o ouvimos dizendo assim para quem estava do outro lado da linha: "Não, mas eu quero falar com ela, com a secretária do médico... Tem que ser com ela, mesmo!" Diante disso, minha mãe se aproximou e pegou o telefone para verificar o que estava acontecendo. E o que era? O pai dela estava discutindo com a secretária eletrônica do consultório, ou seja, não havia ninguém real, em carne e osso, falando com meu avô, mas ele pensou que fosse e ignorou os comandos dados pela voz que ouvia no telefone: queria mesmo era falar com a secretária!

Histórias como essas a gente nunca esquece, principalmente quando o humor toma conta da situação e, é claro, não é a gente mesmo que se vê envolvido no vexame.

3 comentários:

Leila Franca disse...

Adorei os seus casos...rs Seu blog está muito legal! Parabéns!

Mateus disse...

Que bom que você gostou, Leila! Continue nos acompanhando para conhecer outros inventos e histórias curiosas sobre eles. Muito obrigado pela visita! Até mais.

Carlos d'Andréa disse...

Boas histórias, Mateus!