quinta-feira, 1 de outubro de 2009

E A LUZ FOI FEITA...

Em 130 anos de existência, atualmente ela atinge 99% dos lares de nosso país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Imagine Viver Sem energia elétrica e as maravilhas que ela proporciona em nossa casa, trabalho, lazer... Mateus dos Santos traz as impressões de quem, só com mais de 30 anos de idade, conheceu a luz elétrica e passou a contar com ela dentro de casa.

Até 1879, a iluminação pública das ruas era feita com lampiões a óleo e a gás. Dentro das casas, além do lampião, da lamparina e da lareira, à noite eram usadas velas para ir de um cômodo a outro com segurança. Foi o estadunidense Thomas Alva Edison – considerado o maior inventor de todos os tempos, com mais de mil criações – que fez a lâmpada elétrica incandescente surgir e se popularizar. Hoje a moda é outra – as lâmpadas fluorescentes, que consomem menos energia e duram mais –, mas na época o invento de Edison contribuiu bastante para o desenvolvimento das cidades.

A dona-de-casa Júlia das Dores Silva Fernandes nasceu e cresceu na zona rural de Teixeiras. Ela, suas cinco irmãs e um irmão não tinham energia elétrica na roça. Ao anoitecer, só dava para ela, os irmãos e os pais ligarem o rádio, movido a pilha, e ficar ouvindo músicas e radionovelas. “A gente aproveitava o fogão de lenha para cozinhar, esquentar água para tomar banho e ainda pegava a brasa para pôr no ferro e passar roupa. Ninguém na roça tinha carro também. O que a gente usava mesmo era cavalo e carro-de-boi para ir até a cidade”, lembra dona Júlia. Só depois dos 30 anos de idade, já casada, é que a dona-de-casa se mudou para a cidade e passou a ter eletricidade em casa.

Hoje, dona Júlia é viúva e mora sozinha no centro de Viçosa. Dos dois filhos que teve, um morreu há menos de três anos e outro mora e trabalha em Teixeiras. Apesar de reconhecer o conforto que passou a experimentar quando, recém-casada, veio para a cidade, ela reclama por não ter meios de poder voltar a morar no campo: “Lá é bem mais sossegado, tranquilo, sem violência... E hoje em dia tem luz elétrica, televisão, chuveiro, tudo o que a pessoa quiser levar. Uma das minhas irmãs mora na roça, mas tem tudo isso, até carro”, conta a dona-de-casa.

Depois de acompanhar a história de alguém para quem o acesso à eletricidade teve um importante significado, não há como dizer que a luz elétrica não continua sendo importante. Até hoje, a representação demonstrando que alguém teve uma ideia sobre algo traz um desenho de uma luz acesa sobre a cabeça da pessoa.

Para entender como funcionam vários tipos de lâmpadas existentes hoje em dia, acesse o site How Stuff Works – Como Tudo Funciona. Conheça também a história da iluminação pública na maior cidade brasileira acessando o site da Prefeitura de São Paulo. Na próxima postagem, confira um especialista em eletricidade falando sobre as mudanças provocadas na sociedade a partir do surgimento da energia elétrica.

Tive uma ideia!

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