Quem nunca aproveitou a espera no consultório médico para ir pagar uma conta? Ou então marcou seu lugar na fila do banco e foi pegar uma encomenda enquanto não chegava sua vez? Para facilitar essas idas e vindas num intervalo tão curto de tempo, nada melhor do que ter um automóvel à disposição. Para percorrer grandes distâncias então, nem se fala!
O automóvel foi, sem dúvida, um dos inventos mais marcantes da história. Mas se hoje vemos modelos tão luxuosos, com designs modernos e que atingem altíssimas velocidades, não dá nem pra acreditar que um dia ele foi um simples veículo movido a vapor, com três rodas e capacidade de atingir apenas 3 km/h. Essa é a descrição do precursor do automóvel: uma carruagem criada em 1769, pelo engenheiro francês Nicolas-Joseph Cugnot. Na imagem acima, podemos ver como era esse modelo (Imagem retirada do Blog do Lapate). Mas, nessa época, esse tipo de veículo era pesado, barulhento e emitia odores desagradáveis, uma vez que seu funcionamento se dava à base da queima do carvão. Somente a partir de 1850, quando descobriram o petróleo como combustível e quando foi inventado o motor à explosão, é que o automóvel ganharia o caráter que tem hoje.
Os primeiros passos do automóvel se deram na Europa. Apenas em 1908 é que os Estados Unidos iriam produzir seus próprios modelos, quando o industrial Henry Ford criou a linha de montagem e padronizou a produção, com o modelo Ford T, reduzindo o preço do veículo. No Brasil, a invenção chegaria em 1893: um Peugeot modelo tipo 3, importado pela família Dumont, do tão conhecido Alberto Santos Dumont, criador do avião. De início, o automóvel foi uma invenção apenas para os ricos, mas sua popularização faria dele um fator importantíssimo para levar conforto e praticidade à vida moderna, além de auxiliar na evolução das cidades, a partir de sua demanda por ruas e estradas asfaltadas. Na imagem acima (à direita), uma foto mostrando um dos modelos do Ford T (Imagem retirada do blog Oficina da História).
Em entrevista a Jéssica Marçal, a professora doutora Patrícia Vargas, do curso de História da Universidade Federal de Viçosa (UFV) explica que o surgimento do automóvel acontece em uma época de grande desenvolvimento tecnológico e científico – um momento conhecido como Belle Époque –, que marcou as sociedades ocidentais, em particular a europeia. É um momento ligado à inovação, a uma perspectiva de crença no progresso material e no uso da razão. Ela também revela uma curiosidade envolvendo o uso do automóvel, nos primórdios de sua criação. Ficou curioso? Então confira os detalhes na entrevista completa com a professora, ouvindo o podcast a seguir.
Se quiser, você também pode ouvi-lo e baixá-lo clicando aqui.
3 comentários:
É, além de esquisitinho e barulhento, esse 'primeiro automóvel' devia ser beeem desconfortável...
E é verdade, eu não imagino viver sem automóveis. Ter que fazer viagens a... cavalo?!!!
:)
Pois é, antigamente era assim que as pessoas faziam, não e à toa que demoravam séculos para chegar! E tem outra coisa, Mônica: dá pra perceber que só tinha espaço pra uma pessoa. Viajar em família nem pensar!Carona muito menos...
Equipe Imagine Viver Sem
Legal a análise da Patrícia. É uma pena que até hoje os automóveis alimentem essa idéia de progresso - o século XXI não comporta(rá) essa mentalidade...
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